A noite caiu em um ritmo tranquilo, o jantar estava pronto e a mesa posta com o requinte que Dona Martina sempre esbanjava quando tínhamos visita. Ellah já estava na cama dormindo depois de tanto esperar Lukke aparecer.
A campainha tocou. Suspirei, me ajeitei e fui abrir a porta. Ele estava lá, com seu ar despreocupado e aquele charme irritante. Vinha com um jeans rasgado, uma camiseta preta e um sorriso que claramente sabia ser irresistível. Mas não para mim.
— Finalmente, decidiu aparecer. Você não sabe ver as horas, não? — Falei, cruzando os braços.
Ele deu uma risada despreocupada e respondeu, me olhando como se eu fosse uma peça rara em um museu.
— Calma, gatinha. Tive uns probleminhas, mas já estou aqui.
Revirei os olhos, resistindo ao impulso de revirá-los mais uma vez. Fechei a porta e, enquanto ele entrava, fui atrás dele.
— Você é meio doido. — Comentei, meio sem pensar.
Ele olhou para mim por cima do ombro, com um sorriso ladino.
— Geralmente, as mulheres costumam