Se ele tivesse prestado um olhar mais atento nela antes, tudo não teria chegado a esse ponto.
Era um arrependimento genuíno.
Mônica percebeu que o braço dele estava ficando cada vez mais frio e sua respiração estava mais fraca. Ela se apressou:
— Eu te imploro, não fale mais, por favor!
Ela olhou ao redor, como uma fera encurralada, desesperada, quase sem esperança:
— Por que a ambulância ainda não chega?
Leopoldo disse:
— Esta bala, pode ser considerada como uma forma de compensação para você.
Com dificuldade, ele moveu o braço, como se tentasse pegar algo. Mônica, então, revistou os bolsos dele e tirou uma pequena caixa. Ao abri-la, encontrou um par de lindos brincos de pérola.
Mônica sentiu os olhos se encherem de lágrimas.
Ela sempre gostou de pérolas, de todos os tipos, e jamais imaginou que ele ainda se lembraria disso.
Ela perguntou:
— Foi para mim?
Leopoldo assentiu, sua voz mais fraca agora:
— Comprei há muito tempo, mas nunca consegui te dar.
Mônica, rapidamente, tirou os bri