Mônica ficou com o rosto completamente vermelho de vergonha. Ela soltou um riso sem graça, virou-se rapidamente e, por dentro, se xingou de tudo quanto era nome. Justo na casa dos outros, precisava agir daquele jeito tão espalhafatoso?
Rubem percebeu que o celular de Mônica, que estava em cima da mesa, começou a tocar. Ele aproveitou e desligou a música.
— Mônica, seu celular.
— Deve ser o entregador. — Disse Mônica, que, naquele momento, não queria encarar Rubem de jeito nenhum. Ainda se sentia constrangida. Então, falou. — Sr. Rubem, atenda por mim.
Rubem olhou para a tela e viu que o nome exibido era "Mamãe". Ele ergueu uma sobrancelha. Definitivamente, não era o entregador.
Como Mônica estava ocupada até os cotovelos com a massa e parecia bem concentrada, Rubem decidiu atender. Ele colocou no viva-voz.
— Alô.
— Ah, meu querido genro, como você está? — Malena reconheceu a voz de Rubem imediatamente. — E minha filha querida, onde ela está?
Assim que ouviu a voz animada da mãe, Mônica