— Eu conheço bem o Rubem. — Gustavo disse com indiferença. — Ele não é do tipo que defende alguém sem motivo. Então, é evidente que ele sente alguma coisa por você. Se você realmente quer guardar seus sentimentos só para si, assine isto.
Ele tirou a tampa da caneta e a colocou ao lado do documento.
— Eu preciso de uma garantia absoluta.
Mônica sabia que, por mais desculpas que encontrasse, Gustavo não ouviria nenhuma delas.
Rubem tinha algum sentimento por ela? Esse pensamento fez o coração de Mônica disparar. Ela se sentiu maluca por sequer cogitar isso.
Gustavo deu duas batidas leves no documento com os dedos, sua voz permanecendo fria.
— Srta. Mônica.
— Ah? — Mônica levantou a cabeça e encontrou o olhar afiado dele. Era como se ele pudesse enxergar direto seus pensamentos mais profundos. Suas mãos, repousadas nos joelhos, começaram a tremer levemente.
Gustavo percebeu até o menor de seus movimentos.
— Srta. Mônica, se você assinar o documento, continuará sendo você mesma. Eu não