Mônica deslizou a mão discretamente pela mesa, os dedos buscando algo cortante enquanto mantinha a voz firme:
— E se eu disser que não?
— Você acha que tem escolha? — Reginaldo apertou ainda mais seu pescoço, soltando uma risada fria. — Acha que eu não sei como conseguiu esse cargo de presidente interina?
Ele a observou com desprezo, os olhos afiados como lâminas.
— Não me faça rir. Outros ex-alunos de Yale no Grupo Pimentel mal chegaram a cargos de diretoria, e você, que veio do setor de tradução, conseguiu virar presidente interina? — Ele se inclinou um pouco mais, um sorriso carregado de sarcasmo nos lábios. — Rubem está acabado. O que você ainda vê nele? Ah, quase esqueci... Você já foi casada com o Leopoldo. Impressionante, Mônica. Sempre focada nos homens da minha família. Me diga, entre Rubem e Leopoldo, qual deles te satisfazia mais?
O sangue de Mônica ferveu. No instante seguinte, sua mão encontrou o que procurava—um garrafa de cerveja vazia. Sem hesitar, ela a ergueu e quebro