O peito de Douglas parecia prestes a explodir de dor e frustração. Ele queria explicar tudo para ela, dizer o que estava preso dentro de si, mas sabia que aquele momento não era o certo. Decidido, tentou puxá-la para longe do carro.
Os dois se enfrentavam sob a chuva, cada um lutando pelo que acreditava. Mônica, no entanto, não conseguia se soltar. Num ato de desespero, levantou a mão e deu-lhe um tapa forte.
O som seco ecoou no ar. A cabeça de Douglas virou de lado com o impacto, e seus óculos voaram para longe. Em poucos segundos, uma marca vermelha em forma de mão apareceu em sua bochecha. Mônica, com a palma da mão dormente, percebeu tardiamente o que havia feito.
A sirene da ambulância soava cada vez mais perto, até finalmente chegar ao local do acidente.
— Me desculpe... — Murmurou ela, antes de se virar e correr em direção ao carro para ajudar.
Douglas continuou parado, imóvel sob a chuva.
Com a ajuda dos paramédicos, Mônica finalmente conseguiu retirar Rubem dos destroços. Suas