O garotinho acabara de aceitar o presente quando uma mulher de cerca de trinta anos apareceu apressada, visivelmente ofegante.
— Senhorzinho, por que você anda tão rápido? — Ela reclamou, enquanto colocava uma máscara no rosto dele. — Eu já não falei que você tem que usar máscara? Aqui fora tem muita poeira.
— No shopping não tem poeira nenhuma. — O menino resmungou, com ar aborrecido. — Ficar de máscara o tempo todo é sufocante.
— Claro que tem. É cheio de gente andando para lá e para cá! — A mulher respondeu, olhando com estranheza para o pacote de bebidas lácteas nas mãos dele. Num movimento rápido, ela arrancou o pacote de suas mãos. — De onde veio isso, senhorzinho?
Mônica interveio calmamente:
— Fui eu que dei. Ele encontrou minha chave do carro e trouxe para mim. Só quis agradecê-lo...
— Não precisava. Nosso senhorzinho não toma esse tipo de coisa. — A mulher respondeu com frieza, sem nem olhar para Mônica, antes de jogar o pacote de bebidas diretamente no lixo ao la