Mônica ficou com as bochechas quentes, completamente envergonhada. Era só nesses momentos que ela conseguia ouvir elogios de Rubem.
— Não fala mais nada. — Disse, tentando parecer calma, embora sentisse que seu rosto estava pegando fogo. — Vou te levar para casa. Você dorme, e amanhã tudo estará bem.
— Você vai ficar comigo?
Claro que não!
Como Mônica não respondeu, Rubem insistiu:
— Hoje é meu aniversário. Você não vai comemorar comigo?
— Aqueles empresários já não estavam comemorando com você? — Resmungou ela, desviando o olhar. Mas, ao encará-lo de relance, percebeu que Rubem a observava com aquela intensidade que fazia seu coração disparar. Os olhos dele, profundos e cheios de expectativa, deixaram Mônica ainda mais nervosa. Ele estava esperando algo dela?
O plano inicial de Mônica era simples: deixá-lo na porta da mansão e ir para casa. Mas era raro ver Rubem assim, tão calmo e gentil. O olhar afiado e distante que ele costumava ter havia desaparecido completamente.