Mônica apertou o botão para tentar abrir a janela, mas percebeu que estava quebrado. As portas também estavam trancadas, e a velocidade do carro aumentava, confirmando suas suspeitas.
O motorista lançou um olhar para ela pelo retrovisor, com um sorriso dissimulado, ainda tentando se passar por inocente:
— Mônica, calma aí. É só um atalho. Logo chegaremos ao restaurante.
— Estou calma. Só queria abrir a janela para pegar um ar. — Ela sorriu de leve, os lábios arqueados em aparente tranquilidade. No entanto, na parte do carro que ele não conseguia ver, seus dedos ágeis já estavam buscando o celular para fazer uma ligação.
O cheiro no carro começava a ficar estranho, uma mistura doce e enjoativa, que lembrava éter.
Assim que conseguiu discar, Mônica tentou cobrir o nariz e a boca com um pedaço de sua roupa, mas o motorista, com um pano cobrindo o rosto, já tinha tomado precauções. Ela não teve tempo de reagir antes que o efeito do éter a derrubasse.
Quando voltou a si, estava