Um arrepio percorreu seu corpo, ao ouvir aquilo. Ela nem mesmo ouviu os passos de seu pai e Leonora, que adentravam a sala.
- Vejo que já estão conversando apropriadamente. – Leonora pontuou, caminhando de braço dado com seu pai. – É importante que vocês resolvam essa distância causada por essa intercorrência.
- Não houve uma intercorrência. Eu fugi. – Amélia ressaltou enfrentando sua mãe. – Ou melhor, fui resgatada.
- Querida, você constrange seus pais dessa forma. – Fernando rebateu, caminhando na direção dela. Seu olhar predatório era um claro aviso.
- Eu não estava falando com você. No que me diz respeito, você deveria estar preso em alguma cela esquecida no quinto dos infernos.
- Melissa! Não vou tolerar tal comportamento desagradável!
- O que vai fazer? Me bater? – Amélia riu amargamente. – Você pode pedir a ele que faça isso, ele conhece muito bem os pontos que ainda podem ser quebrados.
- Melissa, não diga esses absurdos. Seus pais podem ficar confusos.
- Não tent