Seis anos depois...
- Por que a cara daquela moça é tão colorida? – a pergunta atrevida e descarada partiu de Maya.
Amélia tapou sua boca, fechando a cara para a filha de língua afiada.
- Essa criança não tinha como se parecer mais com o pai dela?!
Amélia reclamou com Ícaro que havia acabado de chegar. Ela pediu aos céus que a mulher que transitava próximo ao seu estande não tivesse ouvido o comentário de sua filha.
Vestida de fada da floresta, seu personagem de hoje, Maya saltitava ao redor do pai e do irmãozinho de dois anos que segurava a mão de Ícaro.
- Como foi a soneca, meu amor? – Amélia perguntou se dirigindo ao seu filho mais novo, com um sorriso carinhoso.
Thay é um garotinho doce e amável, com seus cabelos castanhos claros como os de Ícaro, mas os olhos verdes como os dela e de seu avô, Aurélio.
- Colo mamãe... – ele disse com sua vozinha infantil.
Maya grudou no pescoço dela enciumada, fazendo Amélia olhar para Ícaro com uma expressão de: “Por que ess