Este capítulo é narrado sob o ponto de vista de Amélia.
Amélia
Ódio.
Fúria.
Revolta.
Eu queria gritar, meu corpo implorava para que corresse para o mais longe possível, e minha mente gritava em revolta pensando em formas de acabar com a vida desse demônio desgraçado.
O contato asqueroso com o meu corpo e sua boca na minha era tão repulsivo que senti o vômito subir até a minha garganta. Eu o empurrei com toda a minha força.
Corri para o banheiro social, e deixei que aquela náusea se esvaísse na privada de louça. Vários minutos passaram com o meu corpo protestando por aquela invasão.
Ainda não podia acreditar que minha própria mãe estava me entregando de bandeja para o homem que me torturava, e que quase me matou. Quando eu ouvi a voz dele, entendi o que ela pretendia.
E mesmo que o desespero me afogasse em meu interior, precisei sufocar toda a dor e o medo para pensar em uma forma de não enlouquecer e me livrar dos planos daqueles dois.
Escovei os dentes e limpei meu rosto, ajeitei o