Lucila se lembrou de como se sentiu quando o viu na semana passada.
Ele foi buscá-la na faculdade em uma manhã gelada. Estava mais bonito que nunca, vestia um terno azul marinho que talhava seu corpo definido, os cabelos recém cortados estavam perfeitamente alinhados, e os olhos dele estavam mais vívidos que nunca, mais verdes do que cinza. Não houve muitas palavras da parte dele, mas a elegância fria de seus gestos, e o jeito como ele era cortês para com Lucila, encheram seu peito de sentimentos ansiosos.
Vitório a levou para ver a casa em que morariam. A casa ficava em um dos condomínios mais exclusivos de Alphaville, cercada por ruas arborizadas, seguranças discretos e jardins meticulosamente cuidados.
Quando Vitório parou o carro diante do portão de ferro trabalhado, Lucila sentiu o coração acelerar, não apenas pela imponência da propriedade, mas pelo gesto. Ele havia comprado um lar para os dois.
Ao entrarem, o portão se abriu com suavidade e revelou a construção imponente. Uma