Lucila se abaixou para ficar no mesmo nível de visão que ele. Ela gesticulou para saber se ele sabia ler e escrever. O menino uniu as sobrancelhas parecendo ofendido.
- Eu tenho nove anos, é claro que eu sei ler e escrever. – respondeu com uma voz infantil, porém muito confiante. – Você não consegue falar não é?
Ela não pode deixar de ficar impressionada com a perspicácia dele. Com um sorriso, ela negou com a cabeça.
- Meu nome é Olavo, e qual é o seu? – ele perguntou, procurando com os olhos algo que ela pudesse usar para responder.
Ela se levantou e pediu que esperasse um momento, e ficou aliviada ao ver a cor voltando para o seu rosto. Ele parecia tão pequeno e frágil para uma criança de nove anos.
Pensar a respeito era algo que reorganizava suas ideias. Mas a pergunta que precisava fazer era mais urgente. Portanto ela correu para pegar o celular para se comunicar com o garoto.
Ao voltar, encontrou Olavo de pé, envolvido no cobertor, ele estava diante de uma fotografia de casame