Vi o corpo dele cair pesadamente no chão, sua cabeça batendo com força. Meu coração afundou. Não! Não, por favor, não....
Fátima apontou o revólver mais uma vez para Victor, que jazia no chão ensanguentado e zonzo por causa da dor.
— Quer me matar, vá em frente, nunca gostei de você mesmo — a voz dele estava trêmula — Mas deixe Lorena em paz, vadia!
Ele falou, seu olhar vagando freneticamente ao redor, como se estivesse lutando para não desmaiar por completo. Eu tentei dizer a Victor para calar a boca e não provocá-la, mas temi que se ela ouvisse minha voz a situação ficaria três vezes pior. Uma pessoa no estado de espírito de Fátima era louca o suficiente para fazer qualquer coisa. Outra figura entrou no galpão. Um homem alto e ruivo, com um notebook em mãos.
— Victor, eu escutei um... — o homem parou de falar e travou no lugar quando se deparou com Victor no chão sangrando e Fátima com uma arma apontada para a cabeça dele.
A aparição a alarmou. Ela desviou a arma