Vivienne apoia a cabeça no ombro dele, absorvendo cada palavra como um bálsamo para sua alma. Um sorriso suave se forma em seus lábios quando sente um dos bebês se mexer, e, no mesmo instante, Dominic percebe o movimento também.Com um olhar terno, ele desliza a mão sobre a barriga dela, acariciando-a com carinho, como se, naquele toque, pudesse transmitir todo o amor e proteção que sente por ela e pelos filhos que estão por vir.— Me desculpa. — Vivienne murmura, a voz embargada pelo turbilhão de emoções. — Vou tentar não ser tão sensível e vulnerável.— Meu amor. — Dominic inicia, sua voz serena, enquanto desliza os dedos, suavemente, sobre a barriga dela, em um gesto repleto de carinho e conexão. — Você está gerando três vidas, Vivienne. Três pequenos que crescem dentro de você, dependendo de cada batida do seu coração. — Declara, a admiração evidente em cada palavra. — Não há nada de vulnerável nisso, muito pelo contrário. — Continua, com naturalidade, seus dedos encontram os cach
O peito de Maximilian sobe e desce em respirações irregulares, enquanto seus olhos percorrem a cena à sua frente, lutando para processar o que vê. O choque o mantém imóvel, cada fibra de seu corpo rígida, como se sua mente se recusasse a aceitar a realidade.Então, movido por um impulso irracional, ele avança para dentro da sala, ignorando a tensão que aperta seu peito. Seus dedos se fecham com força ao redor da boneca de pano pendurada pelo pescoço em uma corda, arrancando-a com um puxão brusco. A textura macia do tecido contrasta com o peso simbólico do objeto em suas mãos, e um arrepio gélido percorre sua espinha. — Isso não pode estar acontecendo. — Resmunga, a voz baixa e carregada de tensão, enquanto balança a cabeça, como se tentasse afastar as lembranças daquela noite.Por um instante, seu peito aperta, o peso do passado se sobrepondo à realidade diante dele. Mas ele fecha os olhos por um instante, obrigando-se a recuperar o controle.De repente, a porta se fecha com um estro
Elena percorre o olhar pelo ambiente, absorvendo cada detalhe com atenção aguçada. A atmosfera pesada não passa despercebida, e a tensão paira no ar como um véu espesso e sufocante.Ela sente os olhares fixos de Florence e Maximilian sobre si, mas não demonstra nenhum desconforto. Em vez disso, mantém a postura firme, ciente de que sua presença acaba de interromper algo que não deveria ter testemunhado.— Elena, minha querida. — Florence inicia, a voz envolta em uma falsa cordialidade, cada palavra carregada de um cinismo meticulosamente disfarçado. — Sem dúvida, você será a esposa exemplar, sempre pronta para servir ao seu marido. — Afirma, seu tom tingido de leve desdém, tornando a provocação ainda mais incisiva.Com a postura impecável de quem controla cada movimento no ambiente, Florence se volta para Maximilian, seus olhos afiados como lâminas. O olhar que lança sobre ele não é apenas intimidador, é um aviso silencioso, um lembrete de que, neste jogo, resistir pode custar caro.—
Na cidade de Luxemburgo, na sede da Muller Capital Partners, as portas do elevador privativo se abrem com um leve som metálico. Instintivamente, Noah e Margot se afastam, interrompendo as carícias que trocavam momentos antes. O gesto é sutil, mas carregado da necessidade de manter as aparências em um ambiente onde cada detalhe importa.— A que devo a sua visita, Dominic? — Noah questiona, mantendo a voz firme e controlada, enquanto desliza as mãos para os bolsos do paletó em um gesto discreto. Ao seu lado, Margot recompõe rapidamente a postura, tentando disfarçar qualquer vestígio do momento anterior.— Acabei de concluir uma série de compromissos, mas fiz questão de trazer pessoalmente os projetos que você solicitou. — Dominic responde, mantendo um tom formal e contido.Um leve brilho de percepção atravessa seu olhar ao notar a dinâmica entre o irmão e sua assistente pessoal, mas ele se limita a um discreto vestígio de sorriso antes de voltar sua atenção ao assunto principal.— Não e
Dominic se levanta abruptamente, a inquietação estampada em cada movimento. Seu corpo inteiro parece rejeitar a ideia de permanecer parado por mais um segundo. Passa os dedos pelos cabelos em um gesto automático, mas a simples ação faz com que uma onda de choques percorra suas mãos, ardendo insistentemente.— Caso precise de algo mais, me informe. — Dominic declara, o tom objetivo, porém sem perder a formalidade. — Vou te levar para casa. — Noah declara, a preocupação evidente em seu tom. Seu olhar analisa Dominic com atenção, ciente de que, mesmo sem admitir, o irmão precisa desse suporte agora.— Não é necessário, Noah. — Declara, encerrando qualquer possibilidade de discussão. — Leve a senhorita Hoffman para casa. Não é prudente deixar uma dama andando sozinha pelas ruas a essa hora. — Continua, um leve sorriso surge em seus lábios ao notar a sutil, porém nítida, tentativa de Noah de parecer indiferente ao ouvir o sobrenome dela. — Além disso, o senhor Rivera já está me aguardando
Dominic se levanta e a segue até o banheiro, onde a hidromassagem já está cheia, o vapor suave criando um ambiente acolhedor. Vivienne se aproxima com hesitação, os olhos carregados de preocupação e carinho. Então, com a delicadeza de quem sabe o quanto ele reluta em ser cuidado, desfaz o nó de sua gravata com todo o cuidado do mundo.Ele mantém os olhos fixos nela, e naquele olhar há algo que vai além do amor, há gratidão, uma emoção silenciosa que se reflete no brilho intenso de seus olhos. Seu peito aperta, não pelo cansaço, mas pela constatação de que ela está ali, com ele, escolhendo estar ao seu lado em seus dias mais difíceis.Com a mesma suavidade, Vivienne abre botão por botão do colete que ele veste, removendo-o com atenção, evitando qualquer toque que pudesse incomodá-lo. Repete o processo com a camisa branca, despindo-o lentamente, respeitando o espaço que ele precisa, mas deixando claro que ele não precisa suportar nada sozinho.Quando chega à calça, ela ergue os olhos e
Dominic, por sua vez, nada fez além de se permitir sentir. Se permitir absorver cada gesto dela, cada cuidado, cada pequena ação destinada a fazê-lo se sentir melhor. Porque ele sabia que aquilo não era apenas um dia comum. Era amor, traduzido em cada detalhe.Vivienne não deixou que ninguém mais cuidasse dele naquele dia. Nenhuma refeição foi preparada pelos empregados, cada prato foi feito por suas próprias mãos, com carinho, escolhendo ingredientes com cuidado, atenta a cada detalhe, como se quisesse colocar um pedaço do seu amor em cada sabor.Entre uma refeição e outra, ela o guiava para o sofá ou para a cama, onde seus dedos delicados deslizavam por seus ombros e costas, massageando com ternura, dissolvendo pouco a pouco as tensões que ele acumulava. Em alguns momentos, ficava apenas ao lado dele, sua cabeça apoiada no peito dele, traçando círculos suaves com os dedos em sua pele, como se quisesse acalmá-lo da forma mais simples e íntima possível.E então, quando não estavam em
Do lado de fora, Vivienne inspira fundo, tentando recuperar o fôlego, mas seu coração continua disparado no peito. Seu rosto arde, não somente pela surpresa, mas pelo constrangimento evidente.O segurança, sempre atento, a observa com preocupação, analisando sua expressão e postura em busca de qualquer sinal de perigo. Seu olhar vigilante se fixa nela, pronto para agir caso necessário.— Senhora Wade, necessita de alguma assistência? — O segurança questiona, sua postura firme e profissional, analisando atentamente qualquer sinal de perturbação.Antes que Vivienne possa formular uma resposta, a porta se abre repentinamente, revelando Joana envolta em uma toalha, a pele levemente suada e o rosto corado, indícios claros de que havia sido interrompida em um momento particularmente íntimo.— Vivi, eu posso explicar. — Joana dispara, a voz ligeiramente ofegante, enquanto ajusta a toalha ao redor do corpo, visivelmente constrangida. Seu olhar oscila entre a amiga e o segurança, tentando enco