AIYANA
Acordei com a cabeça latejando como se tivesse levado uma pancada com uma marreta, repetidas vezes. Cada batida do meu coração reverberava dentro do crânio, e o mundo girava, como se estivesse debaixo d’água.
Tentei me mexer.
Nada.
Meus braços estavam amarrados. As pernas, também. O corpo todo pesava como chumbo. A respiração saía em arfadas curtas, e o ar era abafado, seco, quase mofado.
Um quarto minúsculo. Paredes de pedra, sem janelas. Uma única lâmpada pendia do teto, piscando às vezes como se estivesse decidindo se me deixava ver ou não.
— Finalmente acordou.
A voz dele de