Capítulo 94

ICARUS

Acordei com falta de ar.

Uma queimação silenciosa, rastejando pelo meu esterno como se algo dentro de mim estivesse se contorcendo, gritando. Instinto. Dor. Medo. E um nome sussurrando no fundo da alma como um eco quebrado.

Aiyana.

Tentei controlar minha respiração, buscando controle para que minha companheira não se assustasse por algo tão trivial.

Estiquei a mão no escuro, procurando por ela entre os lençóis. Só encontrei Max, esparramado, monopolizando o lençol inteiro como o egoísta maldito que era. Murmurei uma praga baixinha e o empurrei com o pé, só porque ele merecia.

— Aiyana? — chamei, ainda meio grogue.

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