ICARUS
Acordei com falta de ar.
Uma queimação silenciosa, rastejando pelo meu esterno como se algo dentro de mim estivesse se contorcendo, gritando. Instinto. Dor. Medo. E um nome sussurrando no fundo da alma como um eco quebrado.
Aiyana.
Tentei controlar minha respiração, buscando controle para que minha companheira não se assustasse por algo tão trivial.
Estiquei a mão no escuro, procurando por ela entre os lençóis. Só encontrei Max, esparramado, monopolizando o lençol inteiro como o egoísta maldito que era. Murmurei uma praga baixinha e o empurrei com o pé, só porque ele merecia.
— Aiyana? — chamei, ainda meio grogue.