— Procurando por isso? — a voz dele era baixa, tranquila.
Luna tentou manter a calma, respirando fundo.
— Eron, por favor, não brinca. Eu perdi a hora! — sua voz soava urgente, desesperada. — Eu não sei o que vou dizer ao Otávio... Onde está o meu celular?
Ela olhou ao redor, os olhos frenéticos, buscando o telefone que deveria estar por perto. Otávio, certamente já estava se perguntando onde ela estava, e cada segundo que passava piorava sua situação.
— Preciso que mantenha a calma Luna — Eron disse enquanto se movia lentamente em direção à janela, com uma calma quase perturbadora. — Depois da noite que tivemos, não vou deixar você sair sem que a gente resolva as coisas.
Ela seguiu o movimento dele, e seus olhos caíram sobre a mesa de café da manhã ao lado da janela. Pães frescos, frutas, suco e café fumegante. A simples visão daquilo a desconcertou. Não era o cenário que se esperava do mafioso, de um homem como Eron. Aquela imagem delicada e atenciosa parecia em total contradição c