A caminho de casa, Luna tentou se distrair observando os prédios e as luzes da cidade, mas sua mente era tão traiçoeira quanto seu corpo. Os flashes do beijo avassalador entre ela e Eron não saíam de sua cabeça.
Por que ele foi tão bruto? O que ele queria de mim? Que eu me entregasse e pronto? Um “prazer em conhecê-la” e fim? Será que era só isso? — pensava ela, cerrando os dentes. — Ah, que ele vá à merda!
— Senhorita?
A voz de Xavier a despertou de seus devaneios.
— Oi? — respondeu surpresa.
— Senhorita Luna, está se sentindo bem? Já chegamos à sua residência.
— Está tudo bem, sim. Desculpe, me distraí um pouco com meus pensamentos. Eu sei que me trouxe a pedido do seu chefe, mas, ainda assim, obrigada, Xavier. É esse seu nome, não é?
— Sim — respondeu ele com um aceno discreto.
— Obrigada, Xavier — repetiu com um leve sorriso.
Luna desceu do carro e seguiu em direção ao prédio. Xavier a observou até que ela entrasse. Sabia que o mafioso cobraria essa confirmação mais tarde.
Já em ca