14. Dance comigo
Maya Stone
O caminho parecia infinito dentro daquele veículo.
James dirigia com uma mão só, a outra apoiada no volante. O maxilar tenso, os olhos fixos na estrada.
Eu o olhava de canto, disfarçadamente, mas sabia que ele sentia. Sentia tudo. Até meus medos.
Ele sorriu de leve, sem olhar para mim.
— Sou um lobisomem. Consigo ver reflexos. —
— Do que… está falando? — minha voz saiu trêmula.
Ele virou a cabeça ligeiramente, com aquele sorriso cínico.
— Você acha que consegue me encarar pelas costas? — murmurou. — Sei quando você me olha, ratinha. Sei até que seu coração acelera quando chego mais perto.
Ele se aproximou, e eu precisei fazer uma pausa para recuperar o fôlego.
— Até quando vai me manter como prisioneira? — soltei, a raiva mudando de assunto. — Eu não entendo. Você tinha Ísis como sua futura companheira. Não precisava desse capricho todo!
Ele riu.
— Sua prima é sem sal, gosto de fêmeas que me desafiem. — disse, como se fosse uma brincadeira. — Eu nunca precisei de