13. Amor e ódio

Maya Stone

O frescor do jardim invadia meu corpo, mas não havia liberdade ali.

O ar noturno cheirava a grama molhada e fumaça de cigarro, e cada passo que eu dava me lembrava que a cerca alta, com soldados em cada extremidade, não passava de uma prisão disfarçada.

Esse lugar… Esse jardim era tão bonito, e bem cuidado, mas nessa casa só havia pessoas infelizes.

— Não pode passar daí. —

Levantei o olhar. Um dos guardas, lobo de olhos vermelhos, esmagava a ponta do cigarro no chão de pedra.

— Eu só estou no jardim. — murmurei, abraçando os próprios braços.

Ele se aproximou, o cheiro forte de fumaça se misturando ao ar frio. Ele me encara com desdenho.

— Tem sorte de o Alfa te proteger, garotinha. Se não fosse por ele… sua carne humana já estaria em pedaços.

Engoli seco. A palavra proteger me soava como uma maldição.

Eu não pedi a proteção de James Grant. Não pedi nada.

E se aquilo era uma proteção, eu não queria nem imaginar.

Antes que pudesse responder, outro guarda atravessou
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