Laura, sentou-se no banco ao lado de Andrew. O silêncio ao redor parecia amplificar os pensamentos que vinham à tona, memórias que ela costumava manter bem enterradas. O lago diante deles, com sua superfície ondulante, era tão sereno quanto perturbador, como se fosse capaz de revelar verdades que ela preferia esconder.
Por um instante, Laura não conseguiu evitar. A imagem do rosto de seu pai veio à mente, seguido pelo riso suave de sua mãe enquanto eles passavam tardes juntos em um parque próximo de casa. Era um fragmento de um tempo mais simples, antes que a vida se tornasse complicada. Antes que as escolhas dela a levassem a criar uma persona como Isla.
Andrew parecia perceber que algo mudara na expressão dela. Ele não disse nada, apenas esperou, sua presença calmamente encorajando.
Laura, como Isla, finalmente quebrou o silêncio. Sua voz soava distante, quase como se estivesse falando consigo mesma.
— Quando eu... era criança, meu pai... ele sempre fazia... pique-nique. Todo fim de