Kyra
Julie acordou por volta das 08h. Sua aula de ballet começava às 09h, mas parece que alguém acordou febril. Ela não levantou da cama, permaneceu sonolenta e com dificuldades para respirar. Lembrei das regras, do quarto e dos possíveis ataques de asma.
Me apavorei. Mas não podia vacila, não agora.
— Julie, meu amor. Como está se sentindo? — Eu não podia deixá-la apavorada também.
— Eu estou cansada, Kyra. Minha cabeça está doendo muito e meus olhos também.
Então, eu comecei a sentir o coração acelerar e sem hesitar, a peguei nos braços e fiz o que Liam havia orientado tantas e tantas vezes.
A sala tinha cheiro de hospital, a cama dela já estava pronta, com os aparelhos a altura de tudo dela. Tudo bem preciso, bem pensado.
A deitei, coloquei o oxigênio como ordenado. Medi sua pressão, sua temperatura e além de tudo, a mediquei. Liguei para o médica cujo número estava agendado, e para minha surpresa ele atendeu na velocidade da luz:
— Bom dia. O que a pequena Julie apresenta?