CAPÍTULO — QUANDO A DOR TEM ROSTO
JADE
Demitida.
A palavra não parava de ecoar na minha cabeça.
Cada sílaba parecia um golpe de marreta.
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Meu corpo tremia.
O chão debaixo dos meus pés parecia prestes a abrir, e eu, sem forças, só conseguia olhar para Diogo como se ele tivesse puxado o gatilho.
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Ele me segurou pelos braços quando viu que eu ia cair.
— Jade, senta. — murmurou, tentando me arrastar para dentro da boate.
Eu não resisti.
Não porque queria.
Mas porque não tinha energia nem para lutar.
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Sentei em uma cadeira qualquer.
Uma boneca vazia, quebrada, esquecida.
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Minha mão tremia ao puxar a máscara do meu rosto.
Ela caiu no chão, insignificante.
Assim como eu me sentia.
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— Você tá bem? — Diogo perguntou, hesitante.
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A risada que saiu da minha boca foi horrível.
Um som quebrado, dolorido, que nem parecia humano.
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— Bem? — repeti, sarcástica.
— Eu fui chutada como lixo!
Você realmente acha que alguém fica bem depois de ser tratada como um objeto descartável?
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Diogo s