CAPÍTULO — O DONO DA CENA
RAVI
Deixei a boate na noite anterior carregando um misto de irritação e desejo preso na garganta.
Fui direto para o meu apartamento.
Sem perder tempo, chamei uma das garotas que costumavam me satisfazer.
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Enquanto eu a fodia sem misericórdia, minha mente viajava.
O rosto que surgia nos meus pensamentos não era dela.
Era o da dançarina mascarada.
A Pantera.
A mulher que ousou me dizer não.
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A fúria queimava dentro de mim.
Nunca aceitei rejeição.
E não seria agora.
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Enquanto o corpo suado da garota arqueava sob o meu, tomei uma decisão definitiva:
ou ela seria minha, ou seria nada.
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Quando terminei, enfiei algumas notas na mão dela e mandei que se vestisse e saísse.
A presença dela me enojava.
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Fui para o banheiro, tomei uma ducha fria, vesti apenas uma cueca e desabei na cama.
O sono me venceu rápido, mas a imagem dela — os olhos por trás da máscara — não me deixaram em paz nem nos sonhos.
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[...]
Acordei atrasado.
Me arrastei da cama, fiz a higien