***** JADE *****
Era isso.
De um sonho... a um pesadelo.
As palavras dele ecoavam na minha mente como facadas:
"Você tá surda, caralho? Eu não quero que você fique aqui!"
Não era o Ravi que eu conhecia. Não era o homem que dizia me amar.
Era outro. Um que cuspia dor e usava o grito como escudo.
E o que me destruiu de vez... foi ver a mãe dele sorrindo.
Cínica. Triunfante. Como se estivesse esperando por isso desde sempre.
Peguei minha bolsa sem dizer nada. Não ia dar o show que ela queria.
Eu ainda tinha minha dignidade. Ainda tinha minha força.
Olhei pra ele, parado, com a cabeça baixa como um covarde. E fui embora.
Passei pelas portas do hospital como quem atravessa uma ponte que queima atrás de si.
Doía, claro que doía. Mas eu me recuso a ser saco de pancada emocional de ninguém — muito menos de homem quebrado que acha que amor é controle.
Quando estava chegando ao ponto de táxi, ouvi meu nome ecoando na calçada:
"JADE! ESPERA!"
Ignorei.
Acelerei o passo.
Mas ele veio atrás. O pred