***** RAVI *****
Levantei devagar, com cuidado para não acordar a Jade.
A noite foi intensa, mas o sono não veio.
A cabeça estava fervendo, e o corpo, inquieto.
Fui direto para o banho, lavei o rosto, a alma, o sangue das mãos que ninguém via — mas que eu sentia pulsando.
Depois, desci e fui ao escritório.
O Júnior já me esperava, como sempre: postura reta, olhar alerta.
Ravi: “A partir de hoje, você vai monitorar a Jade 24 horas por dia. Ela vai ficar na casa da mãe por uns dias. Quero olhos nela o tempo inteiro. Se ela espirrar, eu quero saber.”
Júnior: “Pode deixar. Vou cuidar dela como se fosse minha vida.”
Ravi: “E toda noite, você leva ela ao Little Club. Ela entra por uma porta, eu saio pela outra.
De manhã, busca no mesmo lugar.
Discrição absoluta.”
Júnior (olhar curioso): “Desculpa perguntar… mas por que tudo isso?”
Ravi (frio): “Porque quando você ama alguém, você protege. Mesmo que precise montar um teatro inteiro. Agora pode ir.”
Ele assentiu, saiu sem mais perguntas.
Envi