***** RAVI *****
Tudo desabou.
Aquela tarde tranquila virou um pesadelo com gosto de sangue e pólvora.
Eu sabia.
Sabia que aquilo era sobre mim. A bomba, o momento, o lugar… não foi coincidência. Foi premeditado.
Alguém está me caçando. Alguém que conhece cada passo meu. Alguém que quer me quebrar.
Após o estrondo, ouvi Aziza gritar. Corri até Júnior — ele estava caído, desacordado. A explosão o arremessou contra a parede quando jogou a caixa pra longe. O impacto foi forte, mas, graças a Deus, ele estava voltando a si.
Ajudei a levantá-lo. Sangue na testa. Raiva nos olhos.
Júnior: “Quem foi o desgraçado que mandou essa porra, Ravi? E por que na minha casa?”
Ravi: “Porque sabiam que eu estaria aqui. Isso não era pra vocês, era pra mim. Estão me vigiando. Me marcando. Descubra quem deixou a caixa. E traz esse filho da puta vivo.”
Mal terminei de falar, o celular vibrou. Atendi no impulso, sem nem olhar o visor.
— “Ravi... seu irmão foi levado pro hospital da família. Estado grave.”
O mu