JADE
A camisa dele ainda estava quente no meu corpo.
O perfume do Ravi grudado na gola, o gosto dele ainda nos meus lábios. Meu corpo tremia, não de medo — mas do que quase aconteceu. E também do que foi interrompido.
Eu me sentia exposta. Só com a camisa dele no corpo, o short rasgado, minha blusa jogada em algum canto da biblioteca. E na frente da mãe dele.
Aquela mulher me olhou como se eu fosse lixo. Como se eu fosse suja. Eu baixei os olhos por reflexo, não por vergonha. E Ravi me puxou com força pela cintura, colando nossos corpos, mostrando que era dele, sim.
ZAYA (gélida):
— Quero falar com você. Sozinho.
RAVI (tom de desprezo):
— Você perdeu o direito de dar ordem aqui, mãe. Tá achando que ainda manda em mim? Invade minha casa, interrompe minha noite, trata a minha mulher feito uma qualquer… e quer conversa? Se enxerga.
ZAYA:
— Mulher? Isso é mulher pra você? Uma dançarina de boate? Se vendia por trocados e agora acha que virou rainha?
Ravi endureceu ao meu lado. Mas eu não p