Eleonor começou a se mexer, levantou a cabeça devagar, tentando entender o que estava acontecendo. Com dificuldade, abriu os olhos e viu Julia agachada à sua frente, com a cabeça baixa e um dos braços para cima, deixando a algema à mostra. Eleonor tentou puxar o braço e sentiu as cordas; a respiração ficou ofegante. Puxou os braços com mais força, olhou para Julia e tentou falar, porém sua boca estava tapada. Julia ouviu a respiração ofegante dela, levantou a cabeça e a olhou em pânico, balançando a cabeça de um lado para o outro.
— Por favor, por favor, não — sussurrava Julia. — Ele pôs fita na sua boca, não vai conseguir falar. Só se acalma, por favor.
Eleonor sentiu uma onda de medo vir com tudo. Segurou o braço da cadeira com força, tentando conter o que começava a brotar dentro de si. Seus pensamentos estavam em turbilhão, o suor escorria de sua testa e o coração acelerava cada vez mais.
— Eleonor? — chamou Julia, vendo o que estava acontecendo. — Eleonor?
Eleonor levantou a cabe