O beijo ainda pairava no ar, quente e suave, quando uma batida leve na porta os fez se afastar devagar. Selena sorriu timidamente, os lábios ainda entreabertos e o coração acelerado. Lucian riu baixinho, sua testa encostando brevemente na dela antes de virar-se em direção à porta.
— Pode entrar — disse ele, recuperando a postura, mas mantendo sua mão entrelaçada à de Selena.
A porta se abriu revelando uma senhora de cabelos grisalhos cuidadosamente presos em um coque. Seus olhos eram de um azul profundo e bondoso, e seu sorriso era caloroso como o de uma avó que reencontra netos há muito perdidos.
— Alteza — disse ela, com uma leve reverência. — Perdoe-me por interromper.
Lucian se aproximou dela com carinho visível no olhar.
— Selena, essa é Merla. Ela trabalha no castelo desde antes de eu nascer. Foi uma figura constante na minha infância. E ficou muito feliz em saber que poderia ajudar com as crianças.
Merla curvou-se levemente para Selena.
— É uma honra conhecer a senhora, companh