༺ Louren Smith ༻
Respiro fundo, sentindo o cheiro fétido e a umidade do quarto imundo em que estou presa. Pergunto-me quanto tempo suportarei isso, presa como um animal. De repente, a porta se abre com um rangido e vejo Bianca entrar, seu rosto uma máscara de frieza.
Ela segura um telefone celular, e eu a olho, confusa.
— O que você está fazendo? — pergunto, tentando manter a voz firme.
Bianca me lança um olhar venenoso.
— Cala a boca, — ela ordena. — Vou mandar um vídeo para o Carlos Eduardo, para ele perceber que não estou brincando.
Sinto um frio na espinha. Essa situação já foi longe demais.
— Isso já está indo longe demais, Bianca. — Tento argumentar, mas antes que eu possa terminar, sinto um tapa forte no meu rosto.
Me seguro, resistindo à vontade de reagir. Sei que, se fizer isso, ela pode machucar ainda mais a mim ou ao meu filho.
— Agora fique quieta e obedeça, — Bianca rosna. — Vou começar a gravação.
Ela ajusta o telefone e aponta a câmera para mim. Seus olhos brilham com u