༺ Carlos Eduardo༻
O dia do julgamento havia chegado. Enquanto terminava de me arrumar, percebi que Louren estava meio tensa ao meu lado. Me aproximei, colocando uma mão reconfortante no ombro dela.
— Vai ficar tudo bem, amor. Finalmente, aquela víbora pagará pelo que fez.
Louren concordou, mas a tensão em seu rosto não diminuiu.
— Eu sei, mas se eu pudesse, não queria ver a cara dessa mulher de novo. — Ela suspirou, e seu olhar estava perdido.
— Entendo, mas será a última vez. Agora ela será condenada. Não tem como se safar, Louren. Ela está respondendo por vários processos. — apertei suavemente seu ombro, tentando transmitir confiança.
— Quem sabe, assim, passando anos na prisão, ela aprende a ser uma pessoa melhor e larga aquele ego egocêntrico que possui — respondeu Louren, tentando se convencer disso.
— É verdade — concordei. — Agora, é melhor irmos.
Saímos de casa, a tensão ainda palpável no ar. Dirigi em silêncio até o tribunal, cada quilômetro parecia mais longo que o anterior.