É manhã.
Saio da cama e encontro um cenário que não combina com o Rio: chuva. O clima anda bastante maluco, ontem mesmo estava um sol agressivo. Hoje está chovendo e abafado. Se estivesse friozinho ia ser perfeito.
Adam está de pé em frente a parede de vidro, observando o cenário enquanto toma algo em uma caneca preta.
Esse homem passou na fila da beleza tantas vezes que nem sendo atropelado por um caminhão ficaria feio.
— Bom dia! — digo esfregando os braços. Não estou com frio, apenas incomodada com a atração que sinto quando o vejo. Parece que aumentou depois do episódio na cozinha.
— Bom dia!
Sem mais o que dizer, vou até a cozinha e pego algumas frutas. Tem um monte de coisa na mesa, mas não sei se tenho permissão para pegar e não quero perguntar.
Ele se aproxima da cafeteira.
— Quer café? — questiona.
— Vou fazer.
— Eu faço. Já estou aqui. — Apenas assinto, mas ele me chama e eu viro em sua direção. — Bela, pode se sentir em sua casa, tudo aqui é seu também, desde a comida até o