No outro dia a tarde, depois de um longo dia de trabalho, Lucas chegou em casa exausto, ansiando por um momento de paz. Ao entrar na cozinha, deu de cara com uma cena que o desarmou por completo: Laura e Marcelo em pé, rindo de algo que haviam acabado de comentar. A leveza entre eles o atingiu como um soco.
Seus olhos se estreitaram, e seus passos firmes ecoaram pelo ambiente enquanto se aproximava.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou, com a voz baixa, controlada, mas carregada de tensão.
Laura se sobressaltou com a presença dele. Antes que pudesse responder, Marcelo — com seu típico sorriso confiante — tomou a dianteira:
— Calma, Lucas. Só estávamos conversando. Nada demais.
A postura de Marcelo, relaxada e confortável demais naquele espaço que Lucas considerava seu lar, foi o estopim. Ele sentiu a raiva crescer no peito.
— Conversando, é? — repetiu Lucas, tentando manter a calma, mas com a voz mais dura do que pretendia. — Desde quando vocês são tão íntimos assim?
Laura perce