A Babá virgem e o Lorde inglês
A Babá virgem e o Lorde inglês
Por: Daniane Fernandes
Cap 1

Cecília Darse 

Desde criança, aprendi a escutar os meus pressentimentos e isso acabou me livrando de muitos problemas ao longo da minha vida.

Se tivesse sido mais esperta e menos deslumbrada e dado ouvido ao mal pressentimento que me atingiu quando Jully, minha melhor amiga, apareceu lá em casa com o anúncio no jornal, falando sobre um emprego em Londres, na capital da Inglaterra, eu não teria caído em um golpe.

A vaga era de professora em um internato particular, com moradia e demais despesas incluídas.

Como meu sonho sempre foi conhecer Londres, a cidade em que papai nasceu, não pensei duas vezes antes de me candidatar à vaga. Para a minha alegria, passei na entrevista online, só teria que pagar uma taxa para que eles lidassem com as documentações necessárias e tudo estaria resolvido.

Jully também conseguiu uma vaga e viria comigo, mas, faltando somente dois dias para a nossa viagem, ela sofreu um acidente e quebrou a perna, o que a impossibilitou de viajar.

No final, embarquei sozinha e, quando cheguei aqui, descobri que havia caído em um golpe.

Não tinha ninguém me esperando no aeroporto, peguei um táxi até a escola acreditando ter acontecido alguma confusão por parte deles na minha data de chegada, e tudo que encontrei no endereço que eles me passaram foi uma padaria.

Sim, havia uma padaria onde deveria ser o internato.

É por isso que agora estou aqui, desesperada, ligando para meu pai de um telefone público.

Tento três vezes até que ouço a voz da minha mãe do outro lado da linha.

Katy_ Oi.

Cecília_ Mamãe! Sou eu.

Digo, já começando a chorar.

Katy_ Ceci, meu amor! O que aconteceu? Por que está chorando?

Cecília_ Mamãe, caí em um golpe, era tudo mentira, não há internato algum!

George _  É a Ceci? Ela está bem?

Ouço a voz do papai ao fundo.

Katy_ Ela está com problemas, querido, parece que era tudo mentira, não tem nenhum internato!

Ouço um ruído e logo a voz do papai surge ao telefone.

George_ Princesa, é o papai, você tá bem? Te fizeram alguma coisa?

Cecília_ Estou bem papai, mas não sei o que fazer!

Falo entre soluços.

George_ Calma querida, vai ficar tudo bem, sua tia Grace mora aí em Londres, lembra que ficou de visita-la? Ela vai te acolher até que você compre a passagem de volta, está com o endereço dela aí, não está?

Cecília _ Sim papai, tenho ele aqui na minha agenda.

George_ Ótimo, eu vou ligar para ela contando o que aconteceu, pegue um táxi e vá direto para lá.

Cecília_ Está bem, vou fazer isso.

Katy_ Não chore, meu amor, vai dar tudo certo, logo você estará em casa e em segurança.

Cecilia_ Tá bom mamãe, te amo.

Katy_ Também te amo minha menina.

George_ Assim que chegar na casa da sua tia liga para gente minha princesa, vamos te trazer de volta.

Cecília _ Vou ligar sim papai, agora preciso desligar e encontrar um táxi, amo você.

George_ Te amo mais, princesinha.

Desligo o telefone e assim que o faço, procuro pelo endereço da minha tia na agenda.

Pego um táxi e vou para lá.

O percurso leva mais de uma hora, o que me deixa chocada com a distância, pelo visto eu estava em uma área bem isolada de Londres 

A rua da minha tia é toda arborizada e cheia de casas de aparência aconchegante, totalmente diferente da região onde supostamente ficava o internato, aqui até o ar parece mais leve e o ambiente mais amistoso.

Toco a campainha e logo tia Grace abre a porta toda sorridente.

Apesar de viverem tão longe de nós , ela e meu primo nos visitavam sempre que podiam.

Viúva e somente com um filho cerca de cinco anos mais velho que eu, tia Grace vive sozinha.

Grace_ A minha menina, que bom te ver!

Ela diz sorrindo e me abraça apertado.

Cecília_ É bom te ver também, tia Grace.

Grace_ Vem, entra, me dê essa mala aqui.

Entro observando a casa simples, mas aconchegante, daquelas que tem cheiro de biscoitos recém assados e lar.

Grace_ Sente-se querida, vou buscar um chá para nós duas.

Assinto e me sento no sofá de estampa floral.

E enquanto Tia Grace está onde eu acredito ser a cozinha, fico pensando no que fazer a partir de agora.

Não quero voltar para os Estados Unidos, não tão rápido, sempre foi meu sonho estar nessa cidade, conhecer o lugar onde papai nasceu e cresceu e de que se recorda com tanto carinho.

Tia Grace não demora a voltar com uma bandeja de chá com biscoitos.

Ela me serve e sem seguida a si mesma, antes de começar a falar.

Grace_ Agora me conta, o que aconteceu, seu pai me falou por alto, mas não deu muitos detalhes.

Só de lembrar do golpe que levei, já começo a chorar novamente.

Cecilia_ Aí tia, eu fui burra, devia ter escutado os meus instintos, mas não, fiquei toda deslumbrada com o emprego dos sonhos, ia dar aula em um internato, lidar com crianças que é que eu mais amo fazer, teria moradia e despesas pagas, além de um ótimo salário. Era bom demais para ser verdade.

Grace_ Você não é burra, é uma vítima, não se culpe por acreditar nas pessoas, existe muita gente mal intencionadas nesse mundo, mas também existe muita gente de honesta e de bom coração. só agradeça por estar bem, além disso, não está sozinha aqui em Londres, tem a mim e ao seu primo.

Cecília_ É verdade, eu tenho vocês. Falando nisso, onde está o Harry?

Grace_ Está no trabalho, ele não mora mais aqui, fica a disposição do patrão vinte e quatro horas por dia, só vem para casa aos finais de semana.

Cecília_ Nossa! Mas o que ele faz?

Grace_ Trabalha como chover para uma das famílias mais ricas e tradicionais  da Inglaterra, os Willians.

Tia Grace diz com tanto orgulho que parece até que o filho está trabalhando para a realeza.

Cecília _ Mas ele não estava noivo?

Grace_ A querida, infelizmente não deu certo, Harry ficou arrasado, mas está seguindo em frente.

Cecilia_ Sinto muito por ele.

Grace_ Pois é, são coisas da vida, quando não é para ser, não tem jeito.

É estranho para mim a forma como os ingleses lidam com seus sentimentos, dá para ver que minha tia ainda sofre muito com a desilusão que o filho teve, mas ainda assim mantém a pose de indiferente, não querendo transparecer nada.

Grace_ Mas e você querida, o que pensa em fazer agora? Vai voltar para casa?

Cecília _ Eu não sei Tia Grace, para ser bem sincera não quero voltar agora, sabe que sempre foi meu sonho estar aqui.

Grace_ Então porque não fica? É muito bem vinda a minha casa, pode ficar o tempo que quiser, vou adorar ter a sua companhia.

Tenho certeza de que ela vê meus olhos brilharem com o convite, porque sorri e segura a minha mão.

Cecília _ Eu adoraria de verdade Tia, mas o papai. . . Ele quer que eu volte.

Grace_ A gente liga para ele, vou dizer que te convidei para passar uma temporada comigo, não acho que George vá se opor, não quando sabe que você está segura em minha casa.

Cecília _ Está bem, vamos fazer isso. . .

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