Viviane saiu do táxi e parou para admirar o lindo cenário após fechar a porta do veículo. Uma paleta de cores começava a surgir no céu. Tons suaves de rosa e laranja, que se misturavam delicadamente com o azul-claro do céu, refletiam nas cores no espelho d'água da lagoa. O silêncio era quebrado pelo som suave dos pássaros voando sobre as águas e das pedaladas das bicicletas na ciclovia ao redor.
Ela suspirou calmamente e então, decidiu atravessar a rua. Acenou para o porteiro do prédio que a atendeu e seguiu direto para o apartamento onde sua mãe morava desde que saiu da prisão. Após ficar encarcerada por alguns anos, Otávia cumpria o restante de sua sentença em prisão domiciliar.
Vivian era a única que a visitava e na maioria das vezes, trazia os remédios receitados pelo médico de sua mãe.
— Mamãe, cheguei — a voz serena avisou.
— Estou aqui, — Otávia respondeu.
A senhora de cabelos brancos estava de costas. Otávia estava na varanda, regando as plantas.
— Trouxe os seus remédios.
Viv