Isabella Fernandes
O sol já se estendia mais alto no céu quando voltei ao quarto de Aurora. Depois do café, me refugiei ali, como sempre fazia quando precisava de um abrigo. A luz morna atravessava a cortina clara e desenhava formas suaves no chão de madeira. Aurora já tinha voltado a brincar, enfileirava pequenos animais de pelúcia no tapete e cantarolava uma canção inventada.
Eu a observava em silêncio, sentada na poltrona ao lado da janela. Havia algo de profundamente terapêutico em sua presença. A leveza, a inocência, o sorriso fácil. Um bálsamo para o meu coração confuso, embora agora ele doesse com mais força do que nunca.
O beijo de ontem, o toque dele no meu corpo, a form