Mansão Velardi, 05:36 da manhã
O céu ainda estava tingido de tons azulados e alaranjados quando Lorenzo abriu os olhos. A luz do amanhecer invadia o quarto timidamente, desenhando linhas douradas sobre o piso de madeira escura e os lençóis revoltos de sua cama. Ele não havia dormido direito. Na verdade, não dormiu quase nada.
Sentou-se na beira da cama, passou as mãos pelos cabelos e inspirou fundo, como se o ar daquela manhã pudesse aliviar o nó em seu peito. Mas não aliviou. Nada aliviava. Desde a noite passada, desde o beijo proibido, desde o gemido suave de Isabella sussurrado contra sua boca… desde o susto no quarto de Aurora.
A menina havia voltado a dormir, serena, após ser consolada. Mas ele? Ele ficou co