Capítulo 75 - Pontes Invisíveis

Horas haviam se passado desde a despedida de Beatriz, e a mansão, agora envolta pela penumbra do início da noite, parecia respirar mais devagar. As luzes internas acesas criavam um contraste morno com o céu já escurecido lá fora. Cada cômodo parecia suspenso no tempo, quieto demais, grande demais, cheio demais do que não se dizia.

Isabella estava sentada na poltrona de leitura do quarto, com os pés descalços recolhidos sob as pernas. Os cabelos, antes presos com cuidado, agora caíam em ondas desfeitas sobre os ombros. Usava uma camisola leve de algodão azul, com rendas brancas na gola, simples e delicada. A única companhia era o som abafado do próprio coração, que insistia em palpitar como se ainda estivesse diante dele.

O celular vibrou sobre a mesa de cabeceira, interrompendo o silêncio como uma gota em superfície calma. Era uma notificação de Beatriz. Ela havia mandado um áudio curto, com aquele tom bem-humorado e provocativo que era tão típico seu:

— Ô, moça dos muros, senti chei
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