Isabella Fernandes
Eu corri.
Ou achava que corria.
Os corredores eram longos, infinitos. A cada passo, os quadros nas paredes da mansão pareciam me observar. E, mesmo fugindo, eu sabia quem era a presença que me seguia.
Lorenzo.
Ele estava atrás de mim, firme, com a respiração pesada e a camisa aberta no peito. Seu olhar era uma tempestade, intensa, furiosa, faminta. E quando finalmente me alcançou, me prensou contra a parede fria do corredor, suas mãos enormes seguraram minha cintura com firmeza me fazendo arfar. Os olhos dele queimavam os meus. Seu rosto se aproximou lentamente, como se pedisse permissão… ou como se soubesse que e