Lorenzo Vellardi
Os dias seguintes viraram um calendário de milagres miúdos. Não houve uma virada cinematográfica, foi devagar, um botão por vez sendo desabotoado. Isabella saiu da UTI e foi transferida para um apartamento, onde todos puderam visitá-la.
O verde dos olhos dela começou a ficar mais tempo aberto do que fechado, e a mão, antes tão imóvel, buscava a minha com precisão de quem reencontra paz. A obstetra passou todos os dias: e sempre nos tranquilizava dizendo: “O bebê está bem” e eu me agarrava a essa frase como se fosse trilho.
Eu me descobri um homem que espera.
Espera resultado, espera horário de visita, espera o “bom&r