18. Seu Tempo Aqui Acabou
O sábado amanhece com um silêncio estranho na mansão.
Acordo com os olhos inchados, a garganta seca e aquela sensação horrível de ressaca emocional.
Pesadelos têm esse efeito.
Arrasto o corpo para fora da cama, tomo um banho para tentar espantar o cansaço e visto o uniforme no piloto automático.
Vou até o quarto dele e encontro o pequeno astronauta jogado no meio da cama, o foguete de pelúcia caído no chão.
Sorrio, pego o brinquedo e coloco ao lado dele antes de tocar seu ombro.
— Bom dia, campeão.
Ele resmunga e vira para o outro lado.
— Oliver… — tento de novo, balançando de leve. — Hora de acordar.
— Não quero — ele murmura, puxando o cobertor por cima da cabeça.
— Nem se eu disser que tem panquecas no café da manhã?
Silêncio.
Até que, devagar, a cabecinha aparece debaixo do cobertor.
— Panquecas de quê?
— De chocolate.
Ele senta na cama num pulo.
— CHOCOLATE?
— Sim — respondo, rindo. — Mas só se você levantar agora.
Oliver praticamente pula da cama e corre para o