No dia seguinte, a rotina seguiu seu curso. Quando a noite finalmente chegou, meu estômago se apertou, precisava me arrumar para não me atrasar.
Enquanto me arrumava lembranças de como fui parar naquele inferno club me veio a mente.
*Flashback on*
Havia acabado de chegar a São Paulo e não tinha muito dinheiro, pois o que tinha foi o que havia juntado com bicos que fazia em Minas.
Parei em uma barraquinha que vendia coxinha e comprei duas, comigo elas e continuei andando, merda! O que uma pessoa como eu pode fazer para não morrer de fome? Não fazia a menor ideia. Se minha mãe tivesse escolhido a mim ao invés daquele marido desgraçado dela, eu não estaria nesta situação.
Uma semana havia se passado e eu estava jogada na rua, fedida e morrendo de medo de ser estuprada. Um dia, parei em frente a um clube e decidi entrar para pedir se poderia tomar banho.
Então um homem de meia idade se aproximou de mim com um sorriso que parecia amigável.
— Olá, minha querida, pode tomar banho, sim