Philippo Constantinova
— Papai, cadê a Dadá? — Lara perguntou mais uma vez.
Ultimamente minhas filhas estavam me perguntando com frequência onde estava Maria Laura, quer dizer, Sophia, e eu não tinha mais o que inventar para elas. Maria Alice também a chamava com muita frequência, não estava dormindo direito e quase sempre chorava.
— Alguém cale a boca desse bebê. — Luciana pediu irritada.
— Se está incomodada, a porta da rua é serventia da casa.
Tem dois dias que ela se mudou para cá devido à gravidez e ao nosso casamento que está se aproximando. Acho que não estou tomando a atitude mais acertada; na verdade, já não sei de mais nada.
— Calma, só estava expressando a minha opinião, afinal eu serei a dona dessa casa.
— Você irá morar nesta casa, porém minhas filhas sempre estarão em primeiro lugar.
Ela disse algo infindável e eu revirei os olhos.
— Vamos para o trabalho?
— Mozinho, eu estou com um pouco de dor, vou trabalhar em home office.
Apenas concordei e, antes de sair, dona Helen