Sophia Martins
Já estou aqui há duas semanas e não sei se aguento mais. Cada dia parece uma eternidade, e a solidão e o desespero estão me consumindo. As paredes frias da cela são uma prisão não apenas para meu corpo, mas para minha mente e alma. O tempo passa devagar, e a esperança que eu tentava manter viva está se apagando a cada dia que passa.
Estava sentada no canto da minha cela, abraçando meus joelhos, quando uma senhora de meia-idade se aproximou. Ela tinha um olhar gentil, mas seus olhos revelavam anos de sofrimento e experiência dentro daquelas paredes. Sentou-se ao meu lado sem dizer uma palavra, apenas oferecendo sua presença como um conforto silencioso.
— Oi — disse ela finalmente, a voz suave. — Meu nome é Teresa.
Levantei os olhos para encontrá-la, tentando forçar um sorriso, mas falhando miseravelmente.
— Sophia.
Ela assentiu, como se já soubesse disso.
— Posso ver que você está tendo dificuldades para se adaptar aqui. É compreensível. A prisão não é um lugar fácil, e