Phillippo Constantinova
Depois que a Governanta Infantil me perguntou se eu queria segurar Maria Alice, neguei e saí dali rapidamente. Estava trabalhando em casa, mas ficar naquela casa me traz lembranças de Fabiana e não faz nada bem.
Peguei minhas coisas e estava saindo quando Beatriz passou por mim. Ela voltou e me encarou.
— Já vai embora, Phillippo? — Ela perguntou, ainda me encarando.
— Esqueceu que sou seu pai?
— E você esqueceu que sou sua filha. Aliás, somos três. Esqueceu? — Senti a amargura nas suas palavras.
Beatriz é uma menina de nove anos e tem mais amargura que um adulto.
— Eu preciso trabalhar, filha. — Ela revirou os olhos.
— Como sempre. Pode ir, o que eu precisar peço à senhora Helena ou à Maria Laura.
Ela não me deixou falar, apenas bateu a porta do seu quarto com força. Tentei ir até o seu quarto, mas chegando até sua porta desisti e fui para meu escritório.
Chegando lá, já havia anoitecido. Então, me servi de uma dose de uísque e me virei para a janela, onde ad