Eu tinha que controlar as minhas emoções. Ela apertou seu abraço em mim como nunca tivesse sido abraçada por alguém. Quando de repente Isabel apareceu na sala vendo aquela cena comovente. E eu tive que voltar à realidade, colocar os pés no chão. Afinal de contas ela não era minha filha, era apenas uma nova amiga que eu estava conquistando.
— Parece que ela gostou de você!
— A senhora acha? — Perguntei para Isabel.
— Com certeza! Porque ela não costuma abraçar ninguém, tem medo de se aproximar das pessoas.
— Talvez ela tenha algum motivo. Ou alguém tenha maltratado ela!
— Por que você está dizendo isso?
— Toda criança tem uma sensibilidade muito grande, e ela não costuma mentir. Deveria perguntar para ela se ela não está sendo maltratada pela babá. Me desculpe senhora, eu me meter. Eu sou assim mesma, a minha língua é muito solta, eu tenho que falar o que eu sinto, o que eu penso, e às vezes acabo indo longe dema